segunda-feira, 7 de março de 2011

O melhor de mim

Enquanto dirigia para o teatro ontem, eu ouvia a entrevista dessa atriz sobre seu último filme. Ela respondeu a uma das perguntas mais ou menos assim: "Eu aprendi a não julgar as pessoas. Aprendi que as pessoas não são o que querem ser, elas são apenas o melhor que conseguem fazer de suas vidas naquele momento". Me atingiu em cheio.

Durante a peça ("Cândida" de Bernard Shaw), um diálogo particular entre os personagens Marchbanks e Prosérpina chamou a minha atenção. Disse Marchbanks: "Pessoas más são pessoas que não tem amor, por isso elas não tem vergonha. Elas tem o poder de pedir amor porque não precisam dele. Elas tem o poder de oferecê-lo porque não tem nenhum para dar. Mas nós, que temos amor e ansiamos por misturá-lo ao amor dos outros, não conseguimos dizer uma palavra". Lembro-me de ter me curvado à frente, apoiado o queixo sobre as mãos e turvado os olhos nesse momento.

Como eu gostaria de superar meus medos. E como me esforço para isso. Mas sou apenas o melhor que consigo fazer de mim.