domingo, 3 de fevereiro de 2008

Eu, ateu

Que fique claramente registrada a minha opção religiosa: sou ateu. E não vou ficar aqui defendendo minha posição, nem tampouco atacando a dos que têm uma diferente da minha. Como é amplamente sabido, religião não se discute, mesmo porque não se convence alguém a ter, mudar ou largar a fé com uma conversa.

Na última semana vivi uma paixão daquelas que fazem o coração bater tão forte que empurra o peito. Mas passou hoje. Saí com ela algumas vezes durante a semana. Nada aconteceu, nem um beijo, mesmo porque estávamos ambos receosos de ingressar num novo relacionamento e fomos dando muito tempo ao tempo.

A paixão não acabou porque ela tentou mudar a minha não-fé. Acabou porque percebi que ela não sabe conviver com uma opinião diferente da dela.

Estávamos numa lanchonete conversando quando me dei conta disso. Ela percebeu que murchei completamente e perguntou o que havia acontecido. Eu estava desapontado, mas não tive coragem de dizer-lhe. Deixei-a em sua casa, despedi-me com um beijo no rosto e vim digerir minha tristeza.

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