quinta-feira, 12 de julho de 2007

Epicuro e a felicidade

Tenho vivido dias de rara tranqüilidade. Prova maior disso é que há quase duas semanas que não escrevo nada aqui. Entretanto, meu registro não estaria completo se não incluísse os bons momentos e os pensamentos que têm me acompanhado ultimamente, portanto apresentarei os fatos brevemente e farei a devida amarração no final.

No fim de semana retrasado fui a um churrasco de aniversário de uma amiga que tenho há uns 15 anos. Cheguei muito depois do horário marcado, pois tive que trabalhar naquele sábado, mas felizmente sua família, namorado e alguns amigos ainda estavam lá. No ano anterior eu havia faltado à comemoração e não queria de maneira nenhuma perder a festa deste ano, pois entendo que é primordial demonstrarmos todo nosso apreço por nossos amigos.

Na semana seguinte fui a uma festa de premiação de mídia promovida por um grande jornal. Fui convidado por um amigo com quem trabalho, em cima da hora. Saí da empresa e fui direto para o local do evento, motivado pelo pensamento de que são esses momentos que dão alguma cor à vida. Comi, bebi, ri, dancei, adorei.

No dia seguinte tive uma dura negociação com um cliente. O resultado (ainda) não foi bom para a empresa, mas percebi que meu desempenho foi excelente, o que fortaleceu meu sentimento de competência profissional, que andou meio esquecido em meio às demais questões existenciais que tenho enfrentado.

No último fim de semana viajei para o interior, para a casa de meus pais. Brinquei com meus sobrinhos, passeei com nossa cachorra, fiz churrasco e descansei. Voltei para cá sob o sol da manhã, ao som de Moby, numa outra viagem, mas agora ao interior de mim. Acho que há mais para se dizer sobre um olhar que troco com meu pai do que sobre o que fiz em duas semanas de minha vida. Mas isso ficará para outro post.

Finalmente, ontem saí com amigos do trabalho. Foi uma noite maravilhosa porque houve uma troca afetiva muito rara para mim ultimamente. Coincidentemente, aconteceu na mesma noite em que tive uma ótima sessão a respeito desse mesmíssimo tema com minha terapeuta. Será que os ventos irão mudar?

A Filosofia tem me ensinado muito. Epicuro dizia que a felicidade advém de três coisas: amigos, liberdade e reflexão sobre a própria vida. Se estou tranqüilo e feliz agora, talvez seja mesmo porque tenha amigos, me sinta competente profissionalmente (e portanto livre para trabalhar onde quiser) e dedique um tempo toda semana para refletir sobre a vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Você não existe.
Eu te adoro.